Como definir normas alimentares para a sua empresa

A segurança alimentar vai além do cumprimento de regulamentos. É garantir qualidade consistente em cada prato, serviço e experiência do cliente. E que todos os produtos alimentares que saem do seu estabelecimento são de primeira qualidade.

Mas por onde começar? Claro que as “boas práticas” são úteis, mas como qualquer pessoa na produção alimentar sabe, sem os sistemas corretos, não há consistência possível. É por isso que compilamos um guia que vai além do essencial – ações concretas para definir padrões alimentares para a sua empresa.

5 normas globais de segurança alimentar que vale a pena conhecer

Dependendo do local onde a sua empresa opera, as normas de segurança alimentar que terá de seguir podem variar. Para lhe dar uma imagem mais clara do panorama da segurança alimentar, estas são as principais normas mundiais que podem ter impacto no seu negócio - desde a produção à embalagem e até à distribuição.

1. Food Safety Modernization Act (EUA)

A Food Safety Modernization Act (FSMA) mudou completamente a forma como os EUA lidam com a segurança alimentar. Aplicada pela FDA, esta extensa regulamentação abrange tudo, desde a utilização de água na agricultura até à rastreabilidade dos alimentos, práticas de saneamento e medidas de controlo preventivo. É a espinha dorsal da abordagem que o país utiliza para garantir a segurança alimentar da produção à mesa do cliente.

2. European Food Safety Authority (EFSA)

A EFSA é o organismo de topo da União Europeia para a regulamentação da segurança alimentar, que orienta todos os Estados-Membros. Fornece dados científicos e aconselhamento especializado, ajudando a proteger os consumidores através da abordagem dos riscos de saúde e segurança relacionados com os alimentos. O seu trabalho é manter os alimentos seguros e levam-no a sério.

3. Food Standards Agency (UK)

No Reino Unido, a segurança alimentar está sob a alçada da Food Standards Agency, que trabalha em conjunto com as autoridades locais. Esta agência garante que as empresas do setor alimentar em todo o país aderem a normas de segurança rigorosas, concebidas para minimizar o risco de doenças de origem alimentar e os riscos para a segurança.

4. Australian Food Safety Standards

As Australian Food Safety Standards são vastas, e abrangem desde programas de segurança até às ferramentas utilizadas no manuseamento de alimentos. As especificações recentemente atualizadas - a partir de dezembro de 2023 - definem diretrizes ainda mais rigorosas, especialmente para as empresas alimentares de alto risco. As empresas da categoria 1 (que manuseiam alimentos não embalados e potencialmente perigosos) têm de ter um supervisor de segurança alimentar certificado, manipuladores de alimentos com formação e provas documentais dos seus processos de segurança alimentar. Entretanto, as empresas da categoria 2 (que manuseiam alimentos prontos a consumir) só precisam de cumprir dois desses três requisitos.

5. WHO Food Safety Standards (SSA)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece padrões internacionais através da Food Safety Standards (SSA). Estas diretrizes globais ajudam as organizações alimentares de todo o mundo a minimizar os riscos para os consumidores. A OMS, juntamente com a FAO, também ajudou a criar o Codex Alimentarius - um padrão global de segurança e qualidade alimentar para produtores, processadores e distribuidores de alimentos. Este enquadramento é utilizado para garantir a maior segurança possível dos alimentos para a população mundial.

Como definir normas alimentares para a sua empresa

Eis alguns passos que pode seguir para promover a conformidade com a segurança alimentar, protegendo tanto os seus consumidores como a sua marca.

1. Conheça as regras

A primeira coisa que precisa de fazer ao definir as normas alimentares é ter um conhecimento sólido das regras. Isto significa conhecer os regulamentos de segurança alimentar na sua região e não só - porque as regras podem variar dependendo do local onde está a operar. Certifique-se de que está familiarizado com as diretrizes das autoridades sanitárias locais e com as normas internacionais - tal como as que mencionámos anteriormente - e descubra quais as normas de segurança alimentar que são relevantes para a sua empresa.

2. Supervisione a sua cadeia de abastecimento

Para manter o controlo de qualidade, estabeleça procedimentos claros para inspecionar e monitorizar as áreas críticas da cadeia de abastecimento. Isto inclui garantir a higiene nas áreas de produção, verificar a qualidade do ar e realizar inspeções regulares às instalações de armazenamento. A recolha de amostras de produtos em várias fases da produção também pode ajudar a identificar potenciais problemas antes que estes se transformem em problemas maiores. Seja proativo na eliminação de quaisquer riscos que possam comprometer a qualidade do produto.

Igualmente importante é investir em tecnologia moderna que apoie o controlo de qualidade. Desde sistemas de monitorização automatizados que monitorizam as condições ambientais a tecnologias de inspeção avançadas, as ferramentas certas podem fornecer informações em tempo real sobre o estado das suas operações, ajudando-o a evitar a contaminação e a manter um elevado nível de segurança alimentar.

3. Dê prioridade à rastreabilidade e à transparência

A rastreabilidade é fundamental na segurança alimentar. Significa que pode localizar todos os ingredientes e produtos à medida que percorrem a cadeia de abastecimento. Se algo correr mal, como um problema de contaminação, poderá identificar rapidamente a fonte exata e isolar o produto afetado.

A rastreabilidade também envolve a utilização de ferramentas digitais que ligam as várias fases de produção, processamento e distribuição. Estas ferramentas facilitam a obtenção de registos detalhados sobre cada produto, com a transparência necessária para fazer recolhas ou investigações atempadas. Esta capacidade também ajuda as agências governamentais, os distribuidores e os produtores a trabalhar em conjunto de forma eficiente para localizar a fonte de contaminação.

4. Vá além das inspeções manuais

A inspeção manual continua a ser um método essencial na segurança alimentar. É simples e pode ser efetuada por colaboradores com formação, em vários pontos do processo de produção. Normalmente, envolve a verificação manual dos produtos quanto a anomalias, contaminação ou problemas de embalagem que possam afetar a segurança alimentar.

No entanto, é importante reconhecer as limitações da inspeção visual. Podem ocorrer erros humanos e nem todos os contaminantes são visíveis a olho nu. É por isso que deve ser utilizada como parte de uma estratégia mais ampla que incorpore outras técnicas de inspeção mais avançadas.

5. Mantenha o equipamento limpo e higienizado

A higienização é um pilar fundamental da segurança alimentar, e isso inclui o equipamento utilizado na produção de alimentos. A higiene correta de todo o equipamento é essencial para evitar a contaminação. As balanças de alimentos, as máquinas de mistura e o equipamento de embalagem devem ser regularmente lavados e mantidos de acordo com as normas de higiene para garantir que nenhuma substância nociva seja transferida para os alimentos.

E é aqui que entra a MultiWasher - uma máquina de lavar industrial, desenvolvida pela Somengil. Proporciona uma lavagem de precisão que trata eficazmente tudo, desde utensílios a equipamento de produção alimentar de maiores dimensões - garantindo que os seus protocolos de higiene são sempre seguidos à risca.

6. Invista em tecnologia de deteção de corpos estranhos

Para proteger os seus produtos da contaminação por objetos estranhos, como fragmentos de metal ou plástico, é fundamental investir em tecnologia. Detetores de metais e sistemas de inspeção por raios X podem identificar até os mais pequenos contaminantes em produtos alimentares, impedindo-os de chegar aos consumidores e provocar danos.

Os benefícios são claros. Os detetores de metais podem identificar contaminantes ferrosos, não ferrosos e de aço inoxidável, enquanto os sistemas de raios X oferecem capacidades de deteção ainda mais amplas, detetando contaminantes não metálicos como vidro ou pedra. São a melhor forma de garantir que não há nada nos seus produtos que não deva estar lá.

7. Não negligencie a gestão de resíduos

Reduzir o desperdício é fundamental para manter a conformidade com as normas de segurança alimentar. Se não for corretamente gerido, o desperdício pode tornar-se um agente de contaminação, originar condições insalubres e criar riscos acrescidos para a segurança alimentar. Para além disso, também tem impacto na sua eficiência.

Como começar? Analise cuidadosamente os tipos de resíduos gerados pela sua atividade - desde resíduos orgânicos a materiais de embalagem. Identifique as principais áreas onde os resíduos podem ser minimizados e implemente estratégias que visem essas ineficiências.

Assegure o cumprimento das normas alimentares com a MultiWasher - e não se contente com menos

Por esta altura, já concluir que definir padrões alimentares não é uma tarefa isolada, mas um processo contínuo que requer a mentalidade, as ferramentas e a abordagem corretas. As suas normas alimentares refletem a sua marca e o seu empenho em oferecer sempre qualidade. Não se contente com nada menos do que excecional.

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