Mean Time to Repair: o que é e como medir

Pense no que aconteceu da última vez que uma máquina avariou na sua fábrica. Quanto tempo gastou a diagnosticar, aceder, limpar, reparar, testar – tudo isso enquanto aumentava a pressão dos clientes?

O Mean Time to Repair quantifica essa janela de tempo frequentemente ignorada. Mostra o quão preparada a sua operação está para recuperar após uma avaria e como acelerar.

O que é Mean Time to Repair?

Mean Time to Repair (MTTR) é o tempo médio necessário para restaurar o funcionamento total de um equipamento após uma falha. Inclui diagnóstico, intervenção, reparação ou substituição, teste e reinício. Em suma, indica a rapidez com que a sua operação pode recuperar quando algo corre mal.

Enquanto o Mean Time Between Failures se concentra na frequência com que as falhas ocorrem, o MTTR concentra-se no que acontece depois de ocorrerem. Juntos, definem o quão importante uma falha é.

Como calcular o Mean Time to Repair?

Na sua essência, o MTTR responde a uma pergunta simples: quando algo falha, quanto tempo demora para voltar ao normal?

A fórmula de cálculo é a seguinte: Mean Time to Repair = Tempo total de reparação / Número de reparações

Na prática, isso significa somar todo o tempo gasto na restauração do equipamento após falhas e dividi-lo pelo número de eventos de reparação.

Mas, para ter uma visão completa, é necessário seguir algumas regras simples:

1. Defina quando o tempo de reparação começa. O tempo de reparação começa no momento em que o equipamento deixa de conseguir desempenhar a sua função, e não quando o técnico chega. Isso captura o impacto operacional real.
2. Defina quando termina o tempo de reparação. O tempo de reparação termina quando o equipamento está totalmente operacional e pronto para retomar a produção à velocidade padrão, incluindo testes e reinício. A funcionalidade parcial não conta.
3. Inclua todas as atividades necessárias para restaurar o funcionamento. O tempo médio de reparação deve refletir a realidade. Por isso, inclua o diagnóstico da avaria, o acesso e a desmontagem, a limpeza, a reparação ou substituição de peças e a remontagem, os testes e o reinício.
4. Conte os eventos de reparação de forma consistente. Uma falha seguida de várias intervenções ainda conta como uma reparação. Evite inflacionar o número de reparações com ações secundárias.
5. Aplique a fórmula. Divida o tempo total de reparação pelo número de eventos de reparação. O resultado é o seu MTTR, normalmente expresso em horas.

Porquê calcular o Mean Time to Repair?

Quando ocorrem falhas, o custo real muitas vezes não se resume apenas às peças da máquina, mas principalmente ao tempo necessário para a recuperação. O Mean Time to Repair revela a velocidade, a disciplina e a prontidão da sua operação quando as coisas não correm como planeado.

Define o quão grave uma falha é

Um MTTR curto significa que uma avaria não é mais do que uma breve interrupção. Um MTTR longo converte a mesma falha em turnos perdidos, encomendas atrasadas e pressão operacional crescente.

Afeta diretamente a disponibilidade e o rendimento

Mesmo com um Mean Time Between Failures longo (e portanto, positivo), uma recuperação lenta degrada o tempo de atividade. O MTTR é frequentemente a alavanca mais rápida a ser acionada quando a disponibilidade começa a diminuir.

Revela atritos ocultos no design e nos processos

Os tempos de reparação longos geralmente indicam acesso deficiente, contaminação excessiva ou procedimentos pouco claros. O Mean Time to Repair revela onde os sistemas tornam a recuperação mais difícil do que o necessário.

Melhora o planeamento em condições reais

Conhecer os tempos médios de reparação permite que as equipas planeiem buffers, turnos e contingências de forma mais realista. Isso reduz as decisões de última hora e limita os efeitos em cadeia em toda a linha.

Reforça o controlo de custos

Cada hora extra de tempo de reparação aumenta os custos de mão de obra, energia e oportunidade. Um MTTR mais baixo ajuda a estabilizar o Opex, reduzindo horas extraordinárias, intervenções de emergência e tempo de inatividade não planeado.

Erros comuns que as equipas cometem com o Mean Time to Repair

Quando medido de forma inadequada, o Mean Time to Repair cria uma falsa sensação de controlo, em vez de ajudar a tomar melhores decisões.

Começar a contagem do tempo demasiado tarde

Muitas equipas só começam a contar o Mean Time to Repair quando a manutenção começa. Isto ignora os atrasos no diagnóstico e as falhas de coordenação que prolongam diretamente o tempo de inatividade.

Parar a contagem do tempo demasiado cedo

Parar o cronómetro antes do teste e do reinício completo subestima o tempo real de recuperação, o que é um erro comum. O equipamento não está disponível até que possa voltar à produção de forma confiável.

Calcular a média de tipos de falhas muito diferentes

Misturar falhas rápidas com reparações mecânicas complexas distorce o Mean Time to Repair. O resultado é um número que esconde onde o tempo está realmente a ser perdido.

Tratar o Mean Time to Repair como um problema humano

Os longos tempos de reparação são frequentemente atribuídos aos técnicos. Na realidade, a complexidade do projeto, o acesso deficiente e a contaminação geralmente aumentam o MTTR.

Reduza o seu Mean Time to Repair com a MultiWasher

O Mean Time to Repair torna-se realmente significativo quando reflete a recuperação em condições reais de funcionamento. Quando o acompanha corretamente, começa a perceber onde é que realmente se perde tempo: acesso mais difícil do que deveria ser, resíduos que atrasam o diagnóstico ou processos de lavagem que adicionam complexidade desnecessária sempre que é necessária uma intervenção.

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