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2023-02-23 17:58:02
Uma análise SWOT obriga a pensar sobre o seu negócio de uma forma estratégica. Os insights obtidos revelam onde a empresa é forte, e ajudam a detetar oportunidades inexploradas do mercado – o que torna qualquer planeamento estratégico mais robusto. Descubra o que é e como fazer uma análise SWOT.
SWOT é a sigla para Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Dito doutro modo, a análise SWOT revela os pontos fortes e fracos de uma empresa, bem como as oportunidades e ameaças externas que enfrenta. Mais: trata-se de uma representação simples e visual, que qualquer pessoa consegue entender.
Neste tipo de análise, os pontos fortes e fracos são os principais atributos da organização, onde se diferencia da concorrência ou os aspetos que os clientes mais valorizam. Já as oportunidades e ameaças dizem respeito a mudanças do mercado por explorar ou riscos para o negócio. Por norma, a análise SWOT é representada de forma gráfica em 4 quadrantes e parte de algumas perguntas simples que ajudam a preencher cada um.
Por exemplo, uma análise SWOT na área da Saúde poderia ser a seguinte:
Vejamos mais de perto cada quadrante.
Os pontos fortes designam aquilo que a empresa faz particularmente bem, ou atributos que possui que a distinguem da concorrência. São os pontos fortes que fazem um negócio prosperar. Podem ser exemplos uma reputação positiva, propriedade intelectual valiosa, mindset inovador, baixo custo de produção, variedade de produtos ou cultura empresarial de inovação.
As fraquezas são atributos ou recursos que a empresa não tem ou fatores que podem tornar o negócio vulnerável. Por exemplo, as fraquezas de uma empresa podem ser um elevado nível de endividamento, baixa satisfação do cliente, longos prazos de entrega, equipamentos desatualizados ou falta de agilidade.
As oportunidades designam um conjunto de circunstâncias externas que, quando aproveitadas, têm o potencial de fazer a empresa crescer ou de a colocar numa posição estratégica favorável. Podem ser exemplos determinadas possibilidades de exportação, tendências de consumo na direção da oferta da empresa ou programas de apoios do governo.
As ameaças são as forças externas que constituem um risco para o negócio, às quais é necessário dar atenção para que não bloqueiem o crescimento. As ameaças de uma empresa podem ser fatores políticos, económicos, tecnológicos, legais ou ambientais que tenham impacto na organização, como, por exemplo, problemas no fornecimento de matéria-prima, escassez de mão-de-obra ou surgimento de novos concorrentes e novos produtos.
Realizar uma análise SWOT oferece importantes insights estratégicos sobre a posição atual da empresa e as iniciativas mais prioritárias a desenvolver. Por outro lado, permite também identificar e antecipar riscos, bem como melhorar as principais fragilidades da organização.
Para além disso, permite que a visão de todas as equipas esteja alinhada, sendo mais fácil chegar a entendimentos sobre ações e estratégias a desenvolver. É por este motivo que a análise SWOT é muitas vezes a primeira etapa de um planeamento estratégico mais amplo, ou seja, é a base a partir da qual se pode construir, de forma fundamentada, um plano de ação sólido.
A análise SWOT deve conduzida em equipa, com pessoas que tenham diferentes perspetivas e funções na empresa. Depois, em conjunto, basta ir respondendo às perguntas em cada um dos quatro quadrantes.
Como muitos outros processos de definição estratégica, a qualidade das conclusões depende fundamentalmente da qualidade da informação de base utilizada. Por isso, é importante contar com dados relevantes que apontem e fundamentem as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Pode ser útil incluir uma análise de tendências de mercado, caracterização da concorrência ou dados reais que revelem como a empresa é vista pelos clientes, bem como relatórios de desempenho de vendas e de marketing.
Depois de concluída, a análise SWOT é apenas o primeiro passo para efetuar o planeamento estratégico. O plano deve incluir etapas concretas e prioritárias para tirar o máximo partido dos pontos fortes, e direcionar os esforços para aproveitar as oportunidades identificadas. Neutralizar as fraquezas também é importante, para que não prejudiquem o sucesso.
Uma análise SWOT deve ser realizada regularmente, a cada três a cinco anos, dependendo da dimensão e do setor da empresa. Esta ferramenta deve ser revista anualmente, para ser possível detetar mudanças que de outra forma passariam despercebidas ou seriam identificadas tardiamente.
Além disso, a análise SWOT deve ser realizada sempre que a empresa mudar de rumo ou enfrentar algum desafio em particular. Pode ser útil, por exemplo, se uma determinada unidade apresentar um baixo desempenho ou para obter uma compreensão mais profunda do seu mix de produtos.
Para que uma análise SWOT seja eficaz, os líderes devem estar profundamente envolvidos, em colaboração com várias outras pessoas. Faça uma seleção de quem deve representar as diferentes áreas da sua empresa - vendas, produção, logística e marketing - para obter uma perspetiva o mais abrangente e representativa possível. Recrute também pontos de vista adicionais externos como, por exemplo, informações ou testemunhos de clientes e fornecedores. A chave é mesmo obter perspetivas diferentes – e de preferência em primeira mão.
Concluindo, efetuar uma análise SWOT é como fazer uma radiografia à sua empresa, na procura de informações que de outra forma não estariam acessíveis. O passo seguinte é inserir essas informações num mapa estratégico. Assim, estará a dar um passo importante na melhoria contínua da sua empresa.
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