Sustentabilidade / Artigos
10 minutos de leitura
2022-12-09 17:15:40
Inovação, sustentabilidade, eficiência. Estas são as tendências mais relevantes para 2023 no setor alimentar.
Com o novo ano à porta, está na hora de refletir sobre as grandes tendências que vão moldar o setor alimentar em 2023. Do muito anunciado fim do plástico a novas tecnologias que põem equipamentos a falar entre si, descubra os 3 temas que vão afetar todas as empresas – e o que pode fazer para se antecipar.
A combinação explosiva do potencial da Internet das Coisas (IoT) e do 5G promete continuar a dar que falar em 2023. As duas tecnologias permitem que os equipamentos na cadeia produtiva e logística “falem” entre si, trocando informações vitais para a eficiência e segurança do processo. Todos os setores serão impactados, e a área alimentar não é exceção. Por exemplo, se for detetada uma falha ou um ponto da cadeia com desempenho abaixo do esperado, os restantes processos a jusante podem ser ajustados automaticamente. Se perceber que uma determinada entrega de um fornecedor afinal não vai acontecer, será possível ajustar a produção para minimizar tempos de Setup e não falhar entregas aos clientes. Tudo isto sem intervenção humana para poupar tempo e aumentar a produtividade.
No campo da transparência e de tracking dos alimentos, o potencial é enorme. A IoT e o 5G podem ajudar empresas e consumidores a rastrear os produtos ao longo de toda a cadeia de valor, garantindo assim que as informações críticas estão sempre acessíveis, “farm-to-table”, da colheita ao consumo. Com a ajuda de IoT será possível, por exemplo, saber se os níveis de dióxido de carbono, metais pesados, humidade e temperatura, ou tempos de envio e condições de armazenamento foram sempre respeitados. Se forem detetados valores fora dos parâmetros de tolerância, pode até alertar automaticamente as autoridades e consumidores.
Para além disso, a IoT permite prever as necessidades de manutenção dos equipamentos evitando assim paragens ou interrupções inesperadas. Também garante que a manutenção das máquinas é feita de forma proativa, em vez de serem reparadas de forma reativa, resultando numa maior eficiência geral dos equipamentos (OEE).
Os números são inquietantes: a The Food and Agriculture Organization estima que a indústria alimentar consuma 30% da energia mundial e que seja responsável por 20% das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a indústria é responsável por 19% do consumo de água em todo o mundo, estando previsto um aumento na ordem dos 20 a 30% até 2050.
Por estes motivos, o foco na redução de água e energia é e continuará a ser uma forte tendência para os próximos anos, especialmente no que diz respeito à energia elétrica, à água, ou aos próprios alimentos - afinal, cerca de um terço dos alimentos produzidos acaba descartado. Para isso, é necessário um processo contínuo de melhoria dos métodos de trabalho, atualização dos equipamentos e formação às equipas.
Todos podem contribuir. Os operadores devem reportar fugas, manter o espaço à volta das máquinas sempre limpo e seco e solucionar problemas simples rapidamente. As equipas de manutenção devem manter o estado correto dos equipamentos, a fim de prolongar a longevidade e assegurar a sua eficiência energética e hídrica. As equipas de compras podem escolher fornecedores locais, ingredientes orgânicos e parceiros com práticas agrícolas sustentáveis. Desta forma, as empresas apoiam o desenvolvimento local, reduzem as emissões relacionadas com os transportes, asseguram ingredientes mais frescos e com menos recurso a energia na conservação e ainda conseguem um maior controlo sobre as práticas dos seus fornecedores.
A lavagem de utensílios e ferramentas é um dos processos que mais água e energia consome em empresas alimentares. Pela utilização intensiva destes recursos, esta é uma área natural para otimização, com recurso a equipamentos de topo que permitem poupanças significativas. Um bom exemplo deste tipo de equipamentos é a MultiWasher, equipamento de lavagem industrial cuja eficiência sem precedentes permite poupar cerca de 2/3 de água face a outras soluções de lavagem industrial.
É impossível falar de 2023 e não falar de sustentabilidade. Neste campo, um dos principais focos será a gestão de resíduos, o conjunto de ações para evitar, reduzir, reutilizar ou descartar resíduos decorrentes da atividade industrial. Foi precisamente esta preocupação que levou marcas como a Samsung a produzir smartphones topo de gama a partir de plástico regatado dos oceanos. Ou a Ikea ou a Nike a criar esquemas de buy-back aos consumidores, para que possam “vender” de volta à marca os produtos que já não usam. É previsível que soluções inovadoras deste género continuem a crescer no próximo ano.
Outro das grandes prioridades de sustentabilidade será a redução do uso de plásticos, algo em que o setor alimentar tem ainda um longo caminho a percorrer: a Nestlé, juntamente com a Coca-Cola e a PepsiCo são há 3 anos consecutivos as maiores poluidoras de plástico do mundo. Isto apesar dos muitos anúncios na direção certa – a Nestlé, por exemplo, já se comprometeu em tornar 100% das suas embalagens recicladas ou recicláveis até 2025. A Coca Cola fez o mesmo anúncio, mas até 2030.
No entanto, o avanço em direção a um mundo sem plástico tem tido alguns recuos. Meses depois de anunciar que iria voltar às velhinhas garrafas de vidro, a Coca Cola reverteu a decisão e optou por manter as embalagens de plástico por serem “mais populares entre os consumidores”. Quando a Starbucks finalmente introduziu novas palhinhas recicladas, descobriu-se que afinal tinham mais plástico que as anteriores, uma consequência da incapacidade de filtrar na reciclagem.
O caminho para a sustentabilidade não é fácil em nenhum setor, e ainda menos no alimentar com uma grande dependência de plásticos, longas e complexas cadeias logísticas, e uma elevada diversidade de resíduos emitidos. As estratégias passarão sempre pela prevenção, redução, reutilização, reciclagem, valorização e correta eliminação. E claro, em adotar uma das várias alternativas aos plásticos descartáveis à disposição de empresas de todos os tamanhos.
O próximo ano promete novos desafios para as empresas do setor alimentar. A inflação e a instabilidade da guerra, os resquícios de uma pandemia que teima em desaparecer, a preocupação compreensível dos consumidores em saber exatamente o que estão a ingerir são alguns dos fatores que vão colocar mais pressão nas empresas. Ao longo do ano, estas 3 tendências, que se já tinham vindo a sentir, vão ser ainda mais acentuadas. Para dar resposta, será necessário um foco na melhoria contínua e escolher parceiros e tecnologias que apoiem este percurso.
No setor alimentar e em particular na área da lavagem industrial, a MultiWasher está a ajudar as empresas mais inovadoras a navegar as muitas mudanças. Este equipamento de última geração assegura uma lavagem de todo o tipo de utensílios – peças, ferramentas, carrinhos de transporte, tabuleiros, loiça – com um consumo de água, energia e detergente que representam um benchmark no mercado. Agende um webinar, sem compromisso, para ver a diferença.
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Devido à complexidade técnica dos materiais da Multiwasher, existiu a necessidade de organizar e colocar todas as informações num único espaço, de modo a facilitar a pesquisa e a produtividade.
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