Lavagem Industrial / Artigos
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2021-09-23 13:21:29
O OEE é uma métrica essencial para garantir a eficiência dos equipamentos. Descubra o que significa, como medir e as recomendações para sua aplicação na prática.
Num mundo 4.0, é imprescindível otimizar o trabalho, aumentando a eficiência e diminuindo os custos. É uma questão de sobrevivência no mercado: à medida em que a concorrência se torna cada vez mais global, maior é a exigência para entregar o produto certo, no momento certo e com o custo certo. E quando se afere a eficiência dos equipamentos, poucos indicadores são tão urgentes, completos e acionáveis como o OEE. Descubra o que significa este conceito e como aplicá-lo na sua empresa.
O OEE ou Overall Equipment Efficiency identifica a parte do tempo disponível para operar que é efetivamente produtivo. O tempo produtivo é aquele em que uma máquina opera com a qualidade esperada e com a velocidade prevista.
O resultado é uma porcentagem que divide o tempo produtivo pelo tempo total disponível. Quanto mais elevada for essa porcentagem, mais eficiente é o equipamento. Mas para tirar vantagem deste indicador é necessário ir um pouco mais fundo para entender os elementos que o compõem.
A principal vantagem do OEE é que ele considera as perdas de produção e divide-as em três categorias: disponibilidade, desempenho e qualidade. Desta forma, é possível identificar mais especificamente as áreas que necessitam de melhorias, entre as quais:
Juntas, estas perdas formam uma única métrica chamada OEE, um indicador que fornece uma imagem completa de eficiência. Desta forma, o OEE permite medir, comparar e melhorar o desempenho das máquinas, células de trabalho, linhas de produção e até mesmo de fábricas inteiras.
O impacto de uma melhoria no OEE pode ser muito significativo. Por exemplo, se uma fábrica gera € 10 milhões de EBITDA a cada ano e possui um OEE de 70%, cada ponto porcentual de OEE vale € 142.857. Ou seja, se conseguir subir o OEE em 1pp, terá um aumento de EBITDA de 1.4%.
Num equipamento de lavagem, como em qualquer outra máquina, é possível e recomendado medir regularmente o OEE, como ponto de partida para melhorias. Desta forma, as organizações podem tornar este processo mais eficiente, rentável e sustentável.
Aplicado à lavagem, o OEE representa a porcentagem de tempo em que a máquina efetivamente lava os utensílios ao tempo e ritmo definido pelo fabricante. Ou seja, sem perder tempo com pausas e interrupções e mantendo a qualidade prevista.
Por exemplo, se uma dada máquina de lavagem operou durante as 8 horas de um turno à velocidade de ciclo ideal e com excelente qualidade de lavagem, o OEE será de 100%. Mas se funcionou apenas durante 4 horas, então o OEE é de 50%. E se durante essas 4 horas operou a metade da velocidade que deveria, o OEE é de 25%. Se, para além disso, tiver lavado corretamente apenas metade das peças, o OEE seria 12.5%.
Uma forma mais simples de calcular o OEE, mas que oferece menos detalhe, é simplesmente dividir o número real de utensílios corretamente lavados pelo total teórico. Por exemplo, se uma máquina de lavar industrial tem capacidade para lavar 700 utensílios por hora, mas na realidade só consegue lavar 70, então o OEE é de 10%. Porém, esta forma mais simplista não identifica onde estão as perdas e não oferece informação suficiente para atuar.
Qualquer que seja o método utilizado, o OEE fornece uma métrica padrão para medir, comparar e melhorar a eficiência dos equipamentos, e é largamente utilizado em áreas como Lean, SixSigma e TPM (Total Productive Maintenance).
Um OEE de 100% é o equivalente a uma produção perfeita: fabricam-se ou lavam-se apenas peças boas, o mais rápido possível e sem tempo de inatividade. Já um OEE de 85% é considerado de classe mundial para produção discreta (ou peça a peça), onde se inclui a lavagem. Para muitas empresas, é um objetivo de longo prazo adequado. Já um OEE de 60% é muito comum na produção discreta, mas indica que há espaço para melhorias.
Entretanto, os valores de referência variam também por setor, sendo tipicamente mais elevados na Indústria e menores no Alimentar ou Farmacêutico, por exemplo.
No entanto, é necessária cautela na utilização de benchmarks de OEE, visto que nem todas as empresas utilizam a mesma fórmula de cálculo. É comum encontrar gestores que excluem, por exemplo, o tempo de manutenção programada do cálculo, por não o considerarem uma perda. No entanto, a fórmula mais rigorosa inclui todos estes elementos no cálculo.
A melhoria do OEE resulta num processo mais eficiente, rentável e ecológico. Estas são algumas das formas de conseguí-lo.
O primeiro passo para melhorar o OEE é recolher os dados. Este registro pode ser feito, numa primeira fase e para efeitos de teste, de forma manual – recorrendo a registros dos operadores. Mas, a longo prazo e com o objetivo de melhoria contínua, a medição deve ser automatizada e acompanhada em tempo real.
O equipamento de lavagem deve ser capaz de registrar todos os parâmetros de lavagem (incluindo a velocidade), o output de cada ciclo e o tempo de funcionamento e de paragem (incluindo microparagens). Desta forma, é possível calcular o OEE, enviar alertas automatizados quando o valor for abaixo do esperado e acionar cadeias de ajuda que notificam as equipes de suporte, sem a necessidade de intervenção do operador.
Com os dados recolhidos e o OEE calculado, é possível medir, comparar, analisar e identificar as causas-raiz de um OEE baixo e definir um plano de ação.
Podendo concluir, por exemplo, que as perdas de disponibilidade (o tempo de paragem) numa dada máquina são muito superiores à da média da organização. Ou que os parâmetros introduzidos pelos operadores não são os mais indicados ao tipo de utensílios a lavar.
A partir daqui, é possível desenhar melhorias específicas para aquela máquina, naquele indicador, ao invés de tentar implementar medidas genéricas. Os benchmarks devem ser feitos a nível interno, entre máquinas e departamentos, e também com as melhores práticas do setor.
O setup é a atividade de preparar o próximo ciclo de lavagem. Inicia-se no momento em que o ciclo anterior começa a abrandar e só está completo quando a próxima lavagem atingir a velocidade de cruzeiro. Envolve uma parte física (de preparação dos utensílios) e outra digital (de configuração do programa).
Numa máquina de lavar doméstica, seria o tempo que demora para tirar os pratos limpos, carregar os sujos e programar um novo ciclo. Mas as máquinas de lavar industriais, como a Multiwasher, permitem acelerar os tempos de setup de duas formas:
Sempre que um utensílio não fica bem lavado e necessita reentrar no processo, o OEE é reduzido. Por isso, melhorar a qualidade da lavagem é essencial para um processo produtivo – o que significa que será mais rentável e ecológico, com menor consumo de água e energia.
Utilizando o luminômetro, um aparelho que mede a quantidade de luz gerada pela adenosina trifosfato (ATP), fonte de energia presente em células animais, vegetais, bacterianas e fúngicas, é possível avaliar de forma quantitativa o resultado de cada ciclo de lavagem. Quanto menor for a quantidade de luz gerada, mais limpo estará o utensílio lavado.
Por exemplo, na área Alimentar, o máximo é de 500 unidades de luz. Um resultado acima deste valor é indicativo de presença de organismos numa concentração elevada. Já na Saúde, os requisitos são de 100 unidades de luz (exceto em blocos operatórios, onde é ainda mais restrito). Na Somengil, desenhamos a Multiwasher para obter níveis de higienização elevados e pensados para os padrões mais exigentes de cada indústria.
As microparagens são dos fatores mais difíceis de registrar e, consequentemente, de melhorar. Ocorrem sempre que a máquina para devido a um motivo não previsto, como uma pequena falha ou ajuste. Por definição, não duram mais de 5 minutos, mas é o acumular destas pequenas interrupções que, ao fim de um turno, dia ou ano prejudica o desempenho da máquina.
As microparagens podem ser minimizadas com uma correta manutenção. Para isso, é importante seguir o plano desenhado pelo fabricante, e que o mesmo seja personalizado para cada caso. Por outro lado, quando ocorrem microparagens, a velocidade de resposta é essencial, pelo que os aparelhos devem ser desenhados para serem ergonômicos e intuitivos.
Finalmente, a formação aos operadores em tarefas de manutenção simples – pequenas reparações e substituições – evita a procura de equipes especializadas, que normalmente demoram tempo para chegar ao local.
Na Somengil, os nossos equipamentos são pensados para simplificar as intervenções dos operadores, mesmo em alturas de grande pressão de tempo. Por exemplo, um sistema visual de luzes indica o estado da operação a qualquer momento. Também é possível carregar e descarregar a máquina mantendo uma postura correta e todas as informações estão disponíveis num dashboard de fácil utilização.
A eficiência é sentida. É mais do que a redução de custos – é um estado de fluidez nos processos, em que todos os participantes, pessoas e máquinas, estão em perfeita sintonia. Para atingir este objetivo, trabalhamos de forma contínua para eliminar todos os obstáculos da lavagem e torná-la ininterrupta, eficiente e de elevada qualidade.
Como resultado, o OEE dos nossos equipamentos é muito superior aos das soluções de lavagem doméstica – prejudicados por muitas tarefas manuais - e de outras opções industriais – que não atingem a mesma qualidade de lavagem, o mesmo nível de registro de dados ou setups tão rápidos. Marque um webinar personalizado para as suas operações e descubra qual poderia ser o seu OEE.
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Devido à complexidade técnica dos materiais do Multiwasher, houve a necessidade de organizar e centralizar todas as informações em um único espaço, para melhorar a pesquisa e a produtividade.
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