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2022-06-20 16:13:58
A ergonomia é um requisito para todas as organizações preocupadas em construir um espaço de trabalho seguro, produtivo e feliz. No entanto e apesar da importância da ergonomia reunir um consenso alargado entre profissionais de vários setores, as lesões musculoesqueléticas ainda afetam 3 em cada 5 trabalhadores, mais do que todas as restantes doenças ocupacionais combinadas.
O que está a falhar no combate à falta de ergonomia? As posturas corporais inadequadas, tarefas repetitivas e o transporte de cargas pesadas são ainda uma realidade em muitas empresas.
As consequências são graves e, em muitos casos, permanentes. As dores crónicas nas costas e no pescoço são o problema de saúde mais comum na UE, afetam trabalhadores de todos os setores e têm custos elevados para as empresas e para a sociedade.
Estas são apenas algumas das conclusões do último relatório da União Europeia sobre Saúde e Higiene no trabalho, que, aliadas ao envelhecimento progressivo da força de trabalho em muitos países desenvolvidos, vem reforçar ainda mais o longo caminho que a ergonomia nas empresas tem pela frente.
A palavra ergonomia deriva do grego “ergon” que significa trabalho e “nomos” que quer dizer leis. São essencialmente as "leis do trabalho" ou "ciência do trabalho". Um design ergonómico remove as incompatibilidades entre o trabalho e o trabalhador e cria um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
O objetivo da ergonomia é precisamente prevenir lesões musculoesqueléticas causadas por exposição súbita ou sustentada a forças, vibrações, movimentos repetitivos e posturas inadequadas.
A falta de ergonomia tem consequências graves a todos os níveis: para a sociedade, para a empresa e para cada trabalhador.
As doenças músculo-esqueléticas são a principal causa de dor, desconforto e incapacidade a nível mundial. Calcula-se que as perdas geradas por estas doenças seja de 3,9 % do PIB global e que correspondam a um custo anual de cerca de 2.680 mil milhões de euros.
Para além das consequências para a economia e para o trabalhador, a falta de ergonomia tem impactos ao nível da saúde financeira das empresas. Os custos podem ser custos diretos ou indiretos:
Se uma lesão no tornozelo representar 1.000€ em custos diretos, poderá atingir 20.000€ em custos indiretos. Uma empresa que tenha uma margem de 3% teria de faturar 700.000€ adicionais apenas para cobrir estes custos.
Para evitar estes custos e contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo é necessário melhorar a ergonomia no trabalho. Para isso, as empresas devem rever práticas estabelecidas, investir em formação, e garantir o acesso a equipamentos pensados para a ergonomia.
A preocupação com a ergonomia não é uma novidade entre organizações líderes. Mas poucas empresas foram tão eficazes a traduzir ergonomia em resultados como a Toyota.
Na sequência da devastação da 2ª Guerra Mundial, a empresa nipónica apresentava ao mundo o “Toyota Way”, uma forma de pensar e agir assente em 3 prioridades simples: “Segurança, qualidade e produtividade”.
Tão influente hoje como quando foi introduzida pela primeira vez, o racional por detrás destas palavras era simples: se um espaço de trabalho é seguro é porque é bem gerido; se é bem gerido, é porque tem menos variabilidade; se tem menos variabilidade, o resultado é mais garantido, o que significa maior qualidade. E a consequência de mais qualidade na produção é também uma maior produtividade. E o que torna um espaço mais seguro? A preocupação com a ergonomia.
Estes são alguns dos quick-wins que as empresas podem implementar para melhorar a ergonomia e assim aumentar a segurança, qualidade e produtividade.
O primeiro passo é identificar procedimentos que colocam os colaboradores em risco, como:
Depois de identificar as tarefas de maior risco, é possível colocar em marcha um plano de ação para aumentar a ergonomia, focado nestas atividades. Mas para isso é necessário o envolvimento de todas as pessoas, todos os dias em todas as áreas.
Uma abordagem participativa, onde os trabalhadores estão diretamente envolvidos na melhoria do local de trabalho e na implementação de soluções é a essência de qualquer transformação bem-sucedida. Os trabalhadores podem:
Paralelamente, o compromisso da equipa de gestão é crítico. Para melhorar, é necessário primeiro conhecer e medir o estado atual, para depois definir metas e objetivos claros. Estes objetivos devem ser partilhados com toda a empresa e comunicados claramente.
A formação deve garantir que os colaboradores estão cientes dos benefícios da ergonomia, que sabem executar as suas tarefas de forma ergonómica, identificar riscos, e que compreendem a importância de reportar os primeiros sintomas de doenças profissionais. Estes alertas podem ajudar a identificar áreas críticas de melhoria, prevenir o desenvolvimento de lesões graves e evitar que outras pessoas na empresa sofram do mesmo mal.
Melhorar a ergonomia passa também por mudanças físicas nos postos de trabalho. O objetivo é que os colaboradores mantenham uma postura “neutra” – em que o corpo está alinhado e equilibrado enquanto se está sentado ou em pé, com o mínimo de esforço sobre os músculos, ossos e tendões.
As tarefas que são realizadas nesta postura são mais ergonómicas e, por consequência, mais produtivas. Para atingir este objetivo, existem várias boas práticas a seguir:
Os procedimentos devem ser redesenhados para que os colaboradores possam manter a ergonomia durante o tempo de trabalho. Estes são alguns bons princípios a seguir.
A MultiWasher é uma máquina de lavagem industrial de alta performance, desenvolvida pela Somengil, para organizações preocupadas com a ergonomia dos seus processos.
Com esta máquina, é possível assegurar a lavagem qualquer utensílio (como panelas, bandejas, formas de forno, ferramentas ou filtros de exaustor) de forma ergonómica.
Por exemplo, os operadores não têm de carregar e descarregar individualmente cada utensílio, como acontece numa máquina tradicional. Este processo é feito em carrinhos ou tabuleiros personalizados, que são lavados com a máquina, para minimizar deslocações repetitivas com pesos.
Por outro lado, a configuração dos parâmetros de lavagem é feita de forma conveniente num dashboard intuitivo e ao nível dos olhos, para que os colaboradores possam iniciar ciclos de lavagem com apenas alguns cliques.
Mas a principal diferença da Multiwasher é que é a máquina que se adapta às pessoas e aos processos, e não ao contrário. Antes de cada instalação, estudamos como o equipamento será enquadrado no fluxo de trabalho existente, para aumentar a produtividade e minimizar os riscos ergonómicos.
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Devido à complexidade técnica dos materiais da Multiwasher, existiu a necessidade de organizar e colocar todas as informações num único espaço, de modo a facilitar a pesquisa e a produtividade.
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